Em outras regiões alagoanas havia grupos como os Abacatiara, os Xucuru e os Cariri.
Esses indígenas viviam em grupos, tendo um chefe chamado cacique ou morubixaba. Havia também o pajé, que, além de ser líder religioso, atuava como curandeiro tratando as doenças com plantas medicinais.
A língua falada pela maioria era o tupi-guarani.
Vestiam tangas, pintavam o corpo e adornavam com cocares feitos de penas coloridas e colares fabricados com dentes de animais.
Alimentavam-se de frutas raízes e do que pescavam e caçavam; aliás, pescar e caçar, além de guerrear e dançar, eram suas atividades preferidas. Tinham roças com plantações de milho e mandioca. Seus instrumentos musicais eram o maracá, uma espécie de chocalho, a flauta de osso e o tambor.
Suas principais armas eram o arco e a flecha, a lança e o tacape. Ótimos artesãos, usavam barro, pedras, ossos de animais e troncos de árvore para fabricar utensílios domésticos, armas e instrumentos musicais.
Acreditavam na existência de muito deuses, sendo o Tupã o principal deles. Adoravam Jaci (a Lua) e Guaraci (o Sol).
Os trabalhos dos indígenas eram, geralmente, assim distribuídos: as mulheres faziam o trabalho agrícola (desde o plantio até a colheita), a coleta dos frutos das florestas, a fabricação da farinha, a comida e os demais serviços domésticos, além de cuidar das crianças. Os homens faziam os serviços mais pesados: a derrubada da mata, o preparo da terra, a caça e a pesca, a fabricação de canoas, a construção das moradias e a proteção das mulheres, das crianças e dos velhos.
No entanto, com a chegada dos europeus, passariam a sofrer perseguições, perderam suas terras e muitos foram escravizados. A população indígena atual é bem menor do que a época da chegada dos europeus.
Os indígenas que restam lutam bastante para conseguir um pedaço da terra que um dia foi deles.
Como forma de sobrevivência, praticam a agricultura de subsistência em pequenas roças e fazem objetos artesanais (bolsas, colares, cocares, tacapes, machados, zarabatanas, arcos, flechas etc.), que são vendidos em eventos nas próprias aldeias, em lojas especializadas ou, por eles mesmos, nas ruas.
Venda de artesanato na aldeia Mata da Cafurna, Palmeira dos Índios, Alagoas.


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