Igreja Matriz de São Brás, Alagoas.
Localizada as margens do Rio São Francisco é conhecida por suas ruas apertadas e por suas ruas com pouco movimento de automóveis.
São Brás foi primitivamente uma pequena povoação localizada um pouco acima do município de Porto Real do Colégio, do qual fazia parte o seu território. O nome do município foi tomado do padroeiro da paróquia, São Brás.
Anos depois, cedeu parte de seu território para a criação dos municípios de Feira Grande, Campo Grande e Olho d'Água Grande.
O município passou ao longo de sua história por uma série de extinções e recriações por parte das autoridades competentes. Já pertenceu a Arapiraca, Porto Real do Colégio e Traipu. Por estes fatores se trata de um município que historicamente realizou diversas emancipações, porém já obtinha registros oficiais em meados de 1875 (Prova disso é de sua primeira emancipação como município que ocorreu por volta de 1889), e a emancipação de 1º de Outrubro de 1889 que é comemorada na cidade.
O Distrito de São Brás foi criado pela lei provincial Nº 702, de 19/05/1875 e elevado à categoria de vila pela lei provincial Nº 1056, de 28 de junho de 1889. Desmembrado de Porto Real do Colégio. Sede na antiga vila de São Brás.
Pelo decreto estadual Nº 1619, de 23 de fevereiro de 1932, o município é extinto, sendo seu território anexado ao município de Traipu.
Elevado novamente a categoria de município com a denominação de São Brás, pela Constituição Estadual, de 16 de setembro de 1935.
Pelo decreto estadual Nº 2335, de 19 de janeiro de 1938, o município foi novamente extinto, sendo seu território anexado ao município de Arapiraca, como simples distrito. No mesmo ano, é desmembrado e passa a ser novamente município de Traipu.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de São Brás, por ato das disposições constitucionais transitórias deste estado, desmembrado de Traipu.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Banhado pelo rio São Francisco, São Brás tem uma diversificada geografia em seu relevo natural. Ao norte a cidade faz divisa com o município de Olho d'Água Grande, ao oeste com o município de Traipu e ao leste com Porto Real do Colégio. Sem contar que com o sul, a divisa do estado de Sergipe e o próprio Rio São Francisco fazem a fronteira natural entre as duas localidades.
Ainda é banhada por diversas lagoas e conta com alguns morros, entre eles o mais famoso da região: O morro do Galho, que faz a divisa entre a cidade e os povoados de Lagoa Comprida e Mão de Engenho.
O arroz já fez parte do cotidiano dos moradores por muito tempo como principal produto de cultivo, porém hoje a criação de animais como aves, bovinos e suínos também ganhou seu espaço. O artesanato se destaca na criação de carrancas (Tradicional escultura presente nas cidades ribeirinhas do São Francisco que visa proteger as embarcações segundo a crença popular). Também estão presentes algumas pequenas fábricas de tijolos, porém sem tanta expressividade na economia da cidade a ponto de algumas já terem fechado as portas. Dentre as principais fontes de emprego encontra-se a Prefeitura Municipal com cerca de 394 funcionários e a fazenda Santa Fé do criador Silvio Menezes, a maior do estado, empregando 48 funcionários, onde se produz, além de suínos, gado para corte e peixes, principalmente da espécie tilápia. Em breve será inaugurada na mesma fazenda um frigorífico com previsão de empregar inicialmente cerca de 20 pessoas. A rede Estadual de ensino que emprega professores, vigilantes e auxiliar de serviços gerais. Quanto ao mercado informal na cidade existem alguns mercadinhos, papelaria, lojas de variedades, móveis e eletrodomésticos, casa veterinária, abatedouros, bares, lanchonetes, restaurante, uma cooperativa mista de transporte e agricultura, além de três pequenas fábricas de laticínios. É possível encontrar trabalhadores autônomos bem como aqueles que comercializam seus próprios produtos na feira livre que ocorre uma vez por semana. Na área rural, as pessoas trabalham em suas próprias roças ou prestam serviços eventualmente em outras fazendas recebendo por diária. Uma das formas de artesanato para geração de renda é o bordado, onde as mulheres ao produzirem seus produtos revendem para outros estados, como por exemplo, São Paulo, ajudando de forma significativa na manutenção da casa.
Mesmo com uma localização privilegiada as margens do rio São Francisco o turismo não é explorado, pois a cidade não dispõe de uma estrutura apropriada.
Apesar do crescimento, alguns serviços ainda ficam ligados aos grandes centros urbanos, sendo Aracaju a referência principal devido a proximidade. Os recursos da capital Maceió só são utilizados em casos extremos de necessidade por conta da distância de 190 km que separam as duas cidades.
A cidade de São Brás fica separada da capital Maceió por 190 km e tem seu principal acesso pela rodovia BR-101 (É necessário ainda pegar a AL-115 para chegar até a cidade). Porém, também é possível ter a ligação direta através da AL-115, pelo município de Olho d'Água Grande.
Dados do Município:
Situação Geográfica: Microrregião de Traipu, limites com Traipu, Olho d'Água Grande, Porto Real do Colégio e Rio São Francisco. 31 metros acima do nível do mar.
Área: 140 km².
Clima: Quente e úmido. Máxima de 36ºC e mínima de 27ºC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário