Em Alagoas o artesanato é praticado em muitos locais, tanto na capital como em outras cidades, e seus produtos são bastante variados.
Na zona litorânea, encontram-se trabalhos feitos de palha (matéria-prima das palmeiras), como cestos, bolsas, chapéus, sacolas, tapetes e vassouras.
Artesanato com palha de ouricuri, Pontal de Coruripe, Alagoas.
As rendas são destaques no artesanato alagoano. Alguns exemplos são: labirinto, filé, crochê, rendas de bilros, ponto-cruz. A cidade de Porto Real do Colégio é muito conhecida por suas famosas rendeiras, que confeccionam o rendendê.
Em Capela são fabricados muitos objetos de barro.
Artesanato em palha, Feliz Deserto, Alagoas.
Artesanato, Pontal da Barra, Maceió, Alagoas.
O folclore:
As diferentes manifestações folclóricas tiveram suas raízes na época da colonização. Portugueses, negros e indígenas contribuíram para o enriquecimento do nosso folclore.
Dos portugueses herdamos as festas juninas e religiosas, o gosto pelas rendas de bilro, os bordados, as brincadeiras de roda etc.
Quadrilha Junina, Alagoas.
Dos indígenas herdamos o uso da cerâmica, da palha, o consumo do milho e da mandioca, o costume de enfeitar o corpo com pinturas e brincos e o gosto por cores fortes.
Dos negros herdamos o candomblé (prática religiosa), as crendices populares (como a que diz "coceira na mão esquerda é sinal de dinheiro"), comidas como o caruru e o vatapá, canções, ritmos baseados na música africana, como a capoeira: jogo atlético de origem africana em que se misturam a dança, a luta e a música etc.
Manifestações folclóricas:
Entre as manifestações folclóricas de Alagoas podemos destacar as seguintes: reisado, quilombo, pastoril, cavalhada, bumba meu boi, chegança, quadrilha, coco de roda, fandango, taieira, caboclinhos etc.
Reisado:
É um rancho alegre, formado por grupos de pessoas que cantam e dançam músicas religiosas. Trajam roupas coloridas e chapéus ricamente enfeitados com espelhos, pedras e fitas. É um espetáculo popular nas festas de Natal e de Reis.
Reisado.
Guerreiro:
É formado por grupos parecidos com os do reisado. O número de figurantes é maior e o colorido das roupas é mais intenso. Tem músicas muito belas.
Guerreiro.
Pastoril:
Representa a visita dos pastores ao menino Jesus.
É o mais difundido folguedo popular de Alagoas. O pastoril é a única dança cujos componentes, na sua maioria, são moças. É constituído de cantigas e danças religiosas que tem como tema o nascimento de Jesus.
Compõem o pastoril: a mestra, a contra-mestra, a Diana, o pastor e as pastorinhas; há a disputa entre os dois cordões: o encarnado da mestra e o azul da contra-mestra.
Grupo de Pastorinhas de Alagoas.
Quilombo:
É um bailado que lembra o fato histórico ocorrido no Nordeste de 1630 a 1694: a fuga em massa de escravos, os quais se refugiaram no interior de Alagoas, formando o famoso Quilombo dos Palmares.
Bumba meu boi:
Faz parte das manifestações natalinas e carnavalescas. O tema principal é a morte do boi. Depois de muitos rogos e à vista do dinheiro, o doutor atende o boi, que ressuscita.
O bumba meu boi é praticado em todo o Brasil, recebendo em cada região um nome diferente: boi-bumbá, boi de reis, boi de mamão, boi de jaca etc.
Bumba meu boi, Alagoas.
Chegança:
Há dois tipos de chegança: a Chegança dos Mouros, que representa as lutas dos portugueses com os mouros, e a Chegança de Marujos, que celebra as aventuras marítimas de Portugal.
Os trajes imitam o fardamento dos oficiais da Marinha Brasileira e suas apresentações são em uma barca. Os personagens são: almirante, capitão do mar e guerra e os marujos.
Chegança dos Mouros, Alagoas.
Caboclinhos ou Cabocolinhos:
A coreografia dessa dança é admirável pelos movimentos de pés, pernas e tronco, tal a sua agilidade em prodigiosos movimentos. O ritmo é reforçado com batidas do arco no chão (bailado de influência ameríndia).
Caboclinhos.
Quadrinha de rentista:
Versos inventados de improviso por um ou dois cantores, que "às vezes" desafiam um ao outro.
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