quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AS PRINCIPAIS CIDADES

      A formação das cidades alagoanas teve início com a chegada dos portugueses. Os primeiros núcleos do povoamento alagoano foram Porto Calvo, ao norte, Santa Maria Madalena do Sul (hoje Marechal Deodoro) e Penedo, ao sul.
      Maceió é a mais importante cidade de Alagoas, não apenas por ser a capital de Alagoas, mas também por possuir porto para a exportação dos seus produtos.



Maceió:


      O mais antigo documento que nos dá notícia da existência de Maceió data de 1611. Trata-se de uma escritura de doação assinada por Diogo Soares da Cunha (alcaide-mor de Santa Maria Madalena do Sul) em favor de Manuel Antônio Duro. Ela se refere à existência de uma casa de telha em  Pajuçara, de Propriedade de Manuel Antônio Duro. Dessa forma pode-se concluir que ele aí habitava desde o ano de 1609 (antes da invasão holandesa).
      O engenho Massayó, que deu início ao povoado, era de propriedade do capitão Apolinário Fernandes Padilha e de sua mulher, Beatriz Ferreira Padilha. No engenho havia uma capelinha, sob o patrocínio de São Gonçalo do Amarante, que permaneceu até 1850, quando foi demolida para a construção da catedral de Nossa Senhora dos Prazeres, a qual passou a ser padroeira da cidade.
      O nome do engenho deve-se ao riacho que banha a cidade e que, na época, era conhecido por Riacho Maçai-o-k, ou Massayó, que significa "restingas alagadas", "brejos", "pauis" ou "que tapa o alagadiço".
      Maceió permaneceu na condição de povoado, pertencente ao engenho de açúcar, até meados do século XVIII.
      Com o crescimento da população, a capelinha foi derrubada e no local foi construída uma igreja maior, a matriz de Massayó, onde está hoje a Catedral Metropolitana, na Praça D. Pedro II, no centro da cidade.
Catedral Metropolitana de Maceió, Alagoas.


      Em 5 de dezembro de 1815, o povoado de Maceió foi separado da Vila de Alagoas do Sul e elevado à categoria de vila e, em 16 de dezembro de 1839, efetuou-se a instalação da capital em Maceió. A partir daí, Maceió consolidou seu desenvolvimento administrativo e político. Teve início uma nova fase no comércio e começou a industrialização dessa cidade.
      Maceió é atualmente uma cidade em crescente desenvolvimento, em razão de seu subsolo rico em petróleo, gás natural, sal-gema e também graças ao turismo. Apesar disso, tem enfrentado problemas relacionados à urbanização: trânsito caótico, acidentes de trânsito, crescimento do número de favelas, precariedade dos transportes públicos, aumento da violência e da criminalidade, entre outros.
      A cidade é conhecida como a "cidade sorriso", porque são raros os dias em quen nela o Sol não brilha.
      A presença da água também é uma constante em Maceió. De um lado, a cidade é banhada pelo Oceano Atlântico e, de outro, pela Lagoa Mundaú (que banha diversos bairros), pela Lagoa da Anta e por vários rios, como o Catolé, Jacarecica, o Pratagi e outros. Mesmo assim, nos conjuntos habitacionais populares que ficam nos bairros mais distantes e até mesmo na área nobre da cidade é comum faltar água nas torneiras durante o verão.
      As principais atrações da cidade são as praias, a piscina natural da  Pajuçara, a Lagoa Mundaú e os núcleos artesanais, entre os quais se destaca o bairro do Pontal da Barra.


Arquitetura histórica:


      O Teatro Deodoro chama a atenção por possuir um lustre de cristal e teto de placas metálicas em alto-relevo. A fachada apresenta frontões triangulares decorados de acordo com a época e estátuas de musas representando alegorias artísticas.
Teatro Deodoro da Fonseca, Maceió.


      A Associação Comercial atrai por sua bela arquitetura. De estilo neoclássico com fachada greco-romana, é o mais belo e luxuoso prédio do bairro de Jaraguá.
Associação Comercial de Alagoas, Maceió.


      O Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas foi fundado em 2 de dezembro de 1869. É até hoje um centro de cultura dotado de grande acervo com o registro dos episódios mais importantes da história de Alagoas.
Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.


       O edifício da Biblioteca e Arquivo Público é um sobrado que pertenceu ao Barão de Jaraguá e serviu de Paço Imperial em 1859, por ocasião da visita de D. Pedro II e sua comitiva a Maceió. O prédio foi restaurado para instalar um museu, mas foi transformado na sede da Biblioteca e do Arquivo Público Estadual.
Biblioteca e Arquivo Público, Maceió, Alagoas.


Arapiraca:


      Situada na região agreste de Alagoas, Arapiraca é a segunda maior cidade do estado e a mais rica do interior alagoano. É também onde fica o maior centro comercial do interior do estado.
      O fumo é a principal economia do município. Esse produto lhe rendeu o título de "capital brasileira do fumo", por ter, no mundo, a maior área contínua dessa cultura. Atualmente, sua produção agrícola vem se diversificando.
      Seu nome é originário de um termo indígena que significa "ramo que o periquito visita" (ara, "periquito"; poya, "visitar"; aca, "ramo").
Concatedral Nossa Senhora do Bom Conselho.


Atalaia:


      Segundo os historiadores, o município de Atalaia recebeu essa denominação por ter sido o local onde as forças que lutavam contra os Palmares ficavam de "atalaia", ou seja, à espreita, Portugal como homenagem ao visconde de Atalaia, quando os habitantes do povoado pediram ao rei a criação da vila.
      A formação do povoado remonta ao século XVII, época do Quilombo dos Palmares, que chegou até a ser chamado Arraial dos Palmares. Quando a luta entre quilombolas e tropas oficiais acabou, as terras foram distribuídas em sesmarias aos vencedores. A parte que coube ao bandeirante paulista Domingos Jorge Velho se transformou no povoado de Atalaia, onde foi erguida a Igreja de Nossa Senhora das Brotas.
      Terra tradicional do pitu (camarão de água-doce), Atalaia tem nas festividades sua marca pessoal.



Batalha:


      Situado à margem do Rio São Francisco, inicialmente o município de Batalha era conhecido por Belo Monte. Conta-se que seu atual nome foi dado em razão de uma luta entre soldados da polícia estadual e fanáticos seguidores de um leigo religioso que mantinha forte influência no local.
      O povoado foi criado em 1855. Fez parte de Traipu até 1866, quando foi elevado à condição de vila. Posteriormente, já município, recebeu o nome de Belo Monte. Somente em dezembro de 1947 uma lei estadual transferiu a sede do então município de Belo Monte para a vila da Batalha.
Vista aérea da cidade de Batalha, Alagoas.


Coruripe:


      A região onde está situado o município de Coruripe ficou conhecida na história do Brasil por ter sido palco do naufrágio da nau Nossa Senhora da Ajuda, que conduzia o bispo D. Pero Fernandes Sardinha a Portugal.
      Em 1822 foi instalada a comarca de Coruripe, que foi extinta em 1932 e restaurada em 1935.
      Seu desenvolvimento, em grande parte, está ligado à agroindústria açucareira. Entretanto, sua beleza natural também atrai turistas.
Pontal de Coruripe, Alagoas.


      De uma capela nasceu o povoado, onde já se comercializava ativamente o pau-brasil e outras madeiras. Na segunda metade do século XIX, a prosperidade de Coruripe o fez superar a vila do Poxim, à qual estava subordinado. Assim, foi elevado à vila em 1866.


Delmiro Gouveia:


      O primeiro nome dado à cidade foi Pedra. O povoado se construiu a partir de uma estação da estrada de ferro da companhia Great-Western. A denominação foi dada em razão das grandes rochas que existiam junto da estação.
      Em 1903, veio de Recife (PE) o cearense Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que se estabeleceu na região vendendo couros bovinos e peles caprinas. Em 1914, ele instalou uma fábrica de linha com o nome Companhia Agro Fabril Mercantil.
      Delmiro Gouveia, o desbravador pioneiro no aproveitamento da cachoeira, morreu assassinado, em 1917.
      Em 30 de dezembro de 1943, o nome da cidade mudou para Delmiro Gouveia. O município, porém, só foi definitivamente criado pela Lei nº 1.623, de 16 de junho de 1952, a qual o desmembrou de Água Branca.
      A história registra como fato importante a visita do imperador D. Pedro II à cachoeira de Paulo Afonso em 20 de outubro de 1859, assinalada com um marco de pedra erguido no local.
Delmiro Gouveia.


Maragogi:


      De acordo com dados históricos, a colonização desse lugar começou quando um sertanejo chegou à região com a família, fugindo de uma epidemia, e fez uma promessa a São Bento para se curar. Recuperado, o sertanejo construiu uma igreja em homenagem ao santo.
      Maragogi tem grande importância na história brasileira. Holandeses e portugueses disputaram suas terras por muitos anos. Foram, porém, os moradores da vila de Maragogi que, mesmo sem recursos, mas com heroísmo, frustaram a tentativa holandesa de desembarque em Alagoas.
Piscinas Naturais, Galés.


      Maragogi é o segundo maior polo turístico do estado. Entre suas praias destacam-se as de São Bento, Barra Grande, Burgalhau e Peroba. No passeio às piscinas naturais, que ficam a seis quilômetros da costa, pode-se observar a Área de Proteção Ambiental, onde estão os recifes de corais.


Mata Grande:


      Os donos de terras onde hoje se localiza a cidade de Mata Grande foram Antônio de Souto Macedo e Sebastião de Sá (ambos considerados pioneiros).
      Iniciaram o povoamento criando gado em seis fazendas. Suas terras foram doadas aos padres jesuítas, os quais logo depois foram expulsos do país e tiveram seus bens sequestrados e vendidos em leilão pela Coroa.
      A população começou a se formar em 1791, quando João Gonçalves Teixeira doou parte de suas terras para a construção de uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceição. A propriedade tinha o nome de Cumbe, por conta da existência de uma pequena fonte que abastecia o povoado.
      Em 1837, o povoado foi elevado à categoria de vila; em 1902, transformou-se em município como o nome de  Paulo Afonso; e em 1929 voltou a ser chamado Mata Grande.
Mata Grande, Alagoas.


Palmeira dos Índios:


      Num povoado, no século XVII, os indígenas Cariri e Xucuru viviam em meio a um palmeiral, o que deu origem ao nome do município.
      O nome  Palmeira dos Índios também remete à lenda do casal de índios Tilixi e Tixiliá. Segundo a lenda, Tixiliá estava prometida ao cacique Etafé, mas era apaixonada pelo primo Tilixi. Certa ocasião, ao visitar o amado, Tixiliá foi atingida por uma flecha mortal de Etafé e morreu ao lado do Tilixi. No local, nasceu a palmeira que simboliza o amor imenso do casal.
Escultura em homenagem à índia Tixiliá, na rua da praça do açude. Palmeira dos Índios.


      A cidade tem como atrações turísticas o Museu Xucurus, na Igreja do Rosário (construída no século XVIII) e a Casa de Graciliano Ramos, que abriga pertences legítimos do escritor, entre outras.
Museu Xucurus, construído por negros escravos, Palmeira dos Índios.

      Em 1770, foi construída no local a primeira igreja por Frei Domingo de São José. Em 1835, o povoado foi elevado à categoria de vila, e somente em 20 de agosto de 1889 passou a ser cidade.


Santana do Ipanema:


      Santana do Ipanema era um pequeno arraial habitado por indígenas e mestiços. Sob influência do Padre Francisco José Correia de Albuquerque, foi construída a primeira igreja no local.
      Em 1875 pasou a ser vila e, em 1921, passou à categoria de cidade.
      Os pontos de visitação são Alto da Fé e Alto do Cruzeiro. A Serra da Microondas e a ponte da Barragem completam o cenário turístico da cidade.
Santana do Ipanema, Alagoas.



São Miguel dos Campos:


      Em 1501, quando a primeira missão exploradora, tendo à frente os portugueses Gonçalves Coelho e Américo Vespúcio, chegou ao atual município de São Miguel dos Campos (através do Rio São Miguel), encontrou como habitantes nativos indígenas da nação Sanambi, remanescentes dos Caeté.
      Atraídos pelas riquezas do solo, os exploradores ali se estabeleceram cultivando cana-de-açúcar e outros produtos agrícolas, criando gado e abrindo caminhos pelas matas para comunicação com outras localidades, como Marechal Deodoro (antiga Vila de Madalena) e Anadia (Campos dos Arrozais de Inhaúns). Em 1832, o povoado foi elevado a vila por decreto do governo geral da Regência. A elevação a cidade aconteceu no dia 18 de junho de 1864.

 Prefeitura Municipal de São Miguel dos Campos, Alagoas.

3 comentários:

  1. O nome vem da árvore arapiraca. Manoel André,fundador da cidade, saiu para desbravar as matas e acabou por encontrar uma planície fértil e rica em arapiracas, descansou embaixo de uma dessas árvores, alí teve a ideia de fazer uma casa, com o passar do tempo chegaram novas famílias e virou um povoado.

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  2. O nome vem da árvore arapiraca. Manoel André,fundador da cidade, saiu para desbravar as matas e acabou por encontrar uma planície fértil e rica em arapiracas, descansou embaixo de uma dessas árvores, alí teve a ideia de fazer uma casa, com o passar do tempo chegaram novas famílias e virou um povoado.

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  3. Atualização e imagem (vídeo) detalhadas-tur (vivo) com imagem nítida

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