Vista aérea. Palmeira dos Índios, Alagoas.
Palmeira ocupa terras que um dia foram aldeias dos índios Xucurus. Foi criada como freguesia em 1798 e transformada em vila em 1835.
Na década de 1840, uma disputa política brutal entre famílias, causas de dezenas de assassinatos, provocou o êxodo que praticamente esvaziou a vila. Anexada então a Anadia, Palmeira dos Índios só recuperou a autonomia anos mais tarde. Em 1889 foi elevada a cidade.
Entre 1928 e 1930 a prefeitura foi ocupada pelo escritor Graciliano Ramos (nascido na cidade de Quebrangulo, em Alagoas), que incluiu fatos do cotidiano da cidade em seu primeiro romance, Caetés (1933).
A origem de Palmeira dos Índios também é contada através de uma lenda. Conta-se que há muitos anos atrás havia um índio chamado Tilixi. No entanto, esse amor era proibido, uma vez que a índia estava prometida ao cacique Etafé. Durante uma festa tribal, Tilixi se aproximou de Tixilá e lhe deu um beijo. Como castigo, Tilixi foi condenado à morte por inanição. Tixilá, que estava proibida de ver seu amado, foi ao seu encontro. Esta, ao ser flagrada por Etafé, foi atingida mortalmente por uma flecha. Caindo ferida, Tixilá morreu junto a Tilixi. Além disso, diz a lenda que no lugar onde morreram nasceu, após um certo tempo, uma formosa palmeira. Surgindo daí o nome da cidade, Palmeira dos Índios. Esta lenda foi criada pelo escritor e historiador Luiz B. Torres, que, então, estudava intensamente os índios xucuru-cariri, tinha acesso a eles, e foi ainda cineasta (complemento de Herbert Lisboa Torres, cineasta e sobrinho do mesmo).
O escritor alagoano Graciliano Ramos nasceu na pequena Quebrângulo, pequena cidade da zona da mata do estado. No entanto, foi em Palmeira dos Índios que deu início a sua carreira literária. Foi prefeito da cidade por dois mandatos e ali escreveu o romance "Caetés".
A Casa Museu Graciliano Ramos, fundada em 1973, foi a morada do notório escritor em Palmeira. Atualmente guarda utensílios pessoais, fotos, capas das edições originais, vestuário e documentos, como um esquema de construção do romance "Infância", de próprio punho, ou as versões originais em braile de "Angústia".
Nos fundos da casa, os administradores criaram um centro cultural e de eventos, com um grande auditório e algumas salas, à disposição das comunidades do município.
Graciliano Ramos morreu em 20 de março de 1953, escreveu 18 romances e está entre os grandes da literatura mundial de todos os tempos.
Centro abastecedor da região, o município dispõe de modesto comércio, agricultura e pecuária. Produz principalmente pinha, caju e manga, além de ser uma grande produtora de leite. Também tem importância a exploração da madeira e do subsolo, que apresenta jazidas de cal, mármore, ferro e cristal de rocha.
O município de Palmeira dos Índios tornou-se um destaque por ser um dos 10 mais populosos e dinâmicos do estado, sua economia ainda tem forte influência da agropecuária, mesmo não inserido na bacia leiteira, pois fica no agreste e não no sertão onde se localiza a bacia leiteira do Estado. O município conta com várias indústrias de laticínios, de transformação e da cana-de-açúcar.
Casa Museu Graciliano Ramos. Palmeira dos Índios, Alagoas.
Antiga Prefeitura em que Graciliano Ramos admistrou a cidade. Palmeira dos Índios, Alagoas.
Dados do Município:
Situação Geográfica: Microrregião de Palmeira dos Índios, limites com Minador do Negrão, Cacimbinhas, Igaci, Estrela de Alagoas, Belém, Mar Vermelho, Paulo Jacinto, Quebrangulo e Pernambuco. 290 metros acima do nível do mar.
Área: 453 km².
Clima: Quente e úmido. Máxima de 34ºC e mínima de 17ºC.
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