quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
MURICI - ALAGOAS
Está localizado na Zona da Mata Alagoana. Estando localizada na Mesorregião do Leste Alagoano e na Microrregião Geográfica da Mata Alagoana, é uma cidade de fácil acesso, tendo a BR 104 como sua principal rodovia, ocupa uma área de 424 km², sendo um dos maiores municípios de extensão territorial de Alagoas.
O monge Frei Domingos é considerado o fundador de Murici. Foi ele, que, segundo a lenda, plantou um "muricizeiro bravo" por volta de 1810. À sombra da árvore, paravam os viajantes para descansar e vender produtos. Antes de tornar-se cidade, o povoado de Murici pertenceu à antiga Vila dos Macacos, Imperatriz, Santa Maria Madalena e União dos Palmares. Os moradores da antiga Imperatriz eram conhecidos como "macaquitos de Imperatriz". Foram eles que construíram uma capela para Nossa Senhora da Conceição e casas, chamadas de "testa de bode" e destinadas à compra de algodão em rama, uma das primeiras culturas da região.
Em 1829, dois frades, Cassiano e João, reconstruíram a capela de Murici e mudaram a padroeira para Nossa Senhora das Graças.
O primeiro grêmio político teve como fundador o padre Joaquim Lopes, um português que foi morar em Murici porque era perseguido como traidor do movimento mata-marinheiro. De 1855 a 1860 o povoado teve momentos de muita tensão política. Primeiro, por causa da luta entre os partidos liberal e conservador. Depois, em razão da política do Barão de Jaraguá que pretendia derrubar a Junta Governativa, composta pelo capitão Bruno Ferreira, Vasco Marinho, Gama de Melo, Vieira Peixoto, cônego Calheiros e representantes das famílias Holanda e Cansanção. Em 1892, através da Lei 15, foi transformada em cidade. Murici conta com atrativos inéditos: a maior área contínua de Mata Atlântica do Nordeste (com cavernas, cachoeiras, fauna variada e trechos ainda virgens) e o Pico da Serra do Alto do Cruzeiro. As festividades: da padroeira (2 de fevereiro), do Padre Cícero (20 a 29 de março), Emancipação Política (16 de maio) e Murici Fest (setembro).
O município integra a bacia do Mundaú, de vertente atlântica, formador da laguna Mundaú, a segunda maior laguna em extensão do Estado. Infelizmente o rio Mundaú é poluído, mas nem sempre ele foi assim, em muitos casos a vinhaça lançada pelas indústrias açucareiras, que causa a poluição no rio Mundaú. A água suja usada no processo de lavagem de canas foi o maior responsável pelo declínio do Mundaú. Os agrotóxicos matam e debilitam muitas pessoas. Outro grande problema dessa região são os casos de schistosoma ou barriga d'água.
A agricultura tradicional de subsistência vem caindo, com a produção da batata doce, fava, feijão, milho e mandioca; da mesma forma caem as culturas comerciais da banana, laranja e manga. Pelo seu solo ser muito rico a agricultura é bastante difundida.
Como município da Zona da Mata Alagoana, a agroindústria da cana-de-açúcar continua sendo uma das principais fontes econômicas de Murici, mesmo tendo perdido a Usina São Simeão, onde hoje funciona uma escola estadual. No município o número de pessoas que vivem do corte de cana ainda é elevado, muitos deles trabalham na Usina Laginha, em União dos Palmares.
A pecuária bovina é dominante, contemplada pelos pequenos planteis de ovinos e caprinos. É muito comum as pessoas criarem cabras nos quintais de suas próprias residências, o que poderíamos dizer ser uma pecuária de subsistência.
Dados do Município:
Situação Geográfica: Microrregião Mata Alagoana, sendo seus limites: Branquinha, Capela, Atalaia, Rio Largo, Messias, Flexeiras e Joaquim Gomes. 83 metros acima do nível do mar.
Área: 427 km².
Clima: Tropical. Máxima de 34ºC e mínima de 20ºC.
Postado por
Alexandre Tenório Vilela
às
11:24
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MUNICÍPIOS
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