quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

RESSACA DO CARNAVAL EM BOCA DA MATA - ALAGOAS




      Dia 03 de março de 2012 acontecerá na cidade de Boca da Mata - Alagoas, a ressaca do carnaval com: Trio Elétrico Juninho, Banda A Tribo e Marreta You Planeta. Muita diversão e alegria na cidade das Serras.

ALINE BARROS EM MACEIÓ




      No dia 10 de março de 2012, acontecerá o show da cantora gospel Aline Barros, no Ginásio do SESI, com a participação de: Eduardo Melo, Ministério Rios e Banda Êxodo.
      Os ingressos estão à venda nos seguintes locais: Livraria Gênesis, Livraria Arca de Noé, Livraria Espaço Gospel, Livraria Shekinah, Livraria Alfa, Livraria Betel, Planeta Alagoas, Stand Viva Alagoas, Erva Doce & Doce Erva, Clínica de Olhos Dr. Eduardo Melo.
Ingressos: 1º lote R$ 15,00 - 2º lote R$ 25,00.
Informações: (82) 3033-2703
   

ANIVERSÁRIO DE DEZ ANOS DA BANDA CAVALEIROS DO FORRÓ



      A Banda Cavaleiros do Forró completa 10 anos de suceso. A festa acontecerá no Parque da Pecuária, com a particpação das seguintes bandas: Cavaleiros do Forró, Netinho, Deixe de Brincadeira, Raphael e Gabriel, Forró das Antigas, Danados do Forró, Cheia de Charme, Dois Ciganos, A Forrozada, Cláudio Rios.
       Serão 10 horas de festa, com muita animação e gente bonita.
Ingressos à venda por apenas R$ 10,00 (o primeiro lote), nos Classificados Gazeta, no Maceió Shopping.



História da Banda:

      Desde novembro de 2001, o cenário do forró não é o mesmo. Tudo por causa do surgimento dos Cavaleiros do Forró um estilo diferente de fazer forró. Seu primeiro CD, intitulado com o mesmo nome da banda "Cavaleiros do Forró", estourou em pouquíssimo tempo, graças ao hit "Se Réi Pra Lá", uma composição do empresário Alex Padang. E, em pouco tempo, a banda de Natal/RN, conquistou um espaço merecido, tornando-se uma das bandas mais tocadas nas emissoras de rádio do Norte e Nordeste.
      O sucesso da música foi tão grande que bandas de renome, como Asa de Águia, procuraram o empresário da banda para a autorização da gravação em seu CD seguinte, e a partir daí, passou a ser tocada por quase todas as bandas baianas nos carnavais fora de época em todo o Brasil, fazendo um forró em pleno corredor da folia. Além da sua música de maior sucesso, outras do primeiro CD ainda são pedidas com frequência nas emissoras de rádio e nos shows, como: "Volta", "Vá dar trabalho a outro", "Brinquedo de amor", "Você vai ver" e "Caba safado". Ainda em seu primeiro ano, a banda teve seu trabalho reconhecido ao ser indicada em duas categorias das 19 categorias do Prêmio Hangar, realizado no Teatro Alberto Maranhão, em Natal.
      A banda concorreu e ganhou nas categorias "Melhor CD Popular" e "Melhor Show Popular". Em 2002, veio "O esporte da mulher - O Karatê", ao vivo, o segundo volume dos Cavaleiros do Forró, com 21 faixas, sendo cinco regravações e um bônus ("Se Réi Pra lá"), sucesso do primeiro disco. Agora, a onda era o "Karatê Carro", o "Karatê dinheiro", o "Karatê Fazenda"...Esse CD veio para consagrar ainda mais o sucesso da banda potiguar, que a essas alturas já tinha percorrido todo o Norte/Nordeste, sempre com recorde de público por onde passa. Nesse mesmo ano, a banda comemorou seu primeiro aniversário em grande estilo, ao lado da dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano e da banda Calypso.
      Nessa época, com apenas dois anos de estrada, em apresentações realizadas no Chevrolet Hall, em Recife-PE, mais de 20 mil pessoas foram prestigiar os Cavaleiros. Já em Teresina-PI, o público passou dos 30 mil; em São Luís-MA, 40 mil forrozeiros estiveram botando pressão; e em Natal, na Shock Casa Show, 25 mil espectadores assistiram ao melhor espetáculo de forró do Nordeste.
      De lá para cá, as festas em que Cavaleiros do Forró têm se apresentado, são garantia de sucesso. Em 2003, foi lançado "Quatro Estilos", o terceiro CD, consagrando o lado romântico da banda, com o sucesso "Alô", em primeiro lugar em quase todas as rádios FM da região Nordeste. "Bebo, rico e brabo" e "Penitência" foram as outras duas músicas inéditas que também fizeram muito sucesso. Ainda no primeiro semestre de 2004, os fãs da banda ganharam um presente: a gravação dos clips das principais músicas dos três CD's dos Cavaleiros do Forró, e a transmissão deles através dos telões nos shows.


O Acidente:

      No auge do seu lado romântico, a banda teve duas perdas irreparáveis. Em 03 de maio de 2004, após um longo período de apresentações pelas cidades do Nordeste, a volta para sua cidade Natal não foi igual às outras. O ônibus que trazia os componentes da banda se chocou com a traseira de um outro ônibus, ocasionando um grave acidente em Goianinha, a 54 km da capital do Rio Grande do Norte. Para o vocalista Inácio e o guitarrista Edivan o acidente foi fatal, deixando os seus familiares, amigos e fãs de luto.
      Depois de um tempo para se reestruturar emocionalmente, os Cavaleiros do Forró voltaram para os palcos. E, hoje, sentimos que Inácio e Edivan também continuam usando de seus dons, dados pelo Senhor, para animar a festa nos céus. Uma festa que jamais acaba; que alegra e emociona os nossos corações, mesmo que distantes.

ROTEIRO - ALAGOAS

Balneário. Roteiro, Alagoas.

      Os índios Caetés foram os primeiros habitantes da região, por volta de 1853. A primeira moradora, Francisca de Albuquerque, instalou-se no sítio Livramento, construindo também, em 1900, a primeira capela em homenagem à Nossa Senhora do Livramento. O primeiro recenseamento do local foi realizado em 1912 por João Gomes, José Balbino e Mandu Araújo.
      O povoado teve o nome mudado para Roteiro pelos próprios moradores, pois eles acreditavam que os jesuítas descobriram no local o "roteiro" de Dom Pero Fernandes Sardinho, devorado pelos índios na região. Depois de ver o povoado sendo transformado em vila, o padre Júlio de Albuquerque, da então freguesia de São Miguel dos Campos, decidiu vender o patrimônio de Nossa Senhora do Livramento - doado por Francisca de Albuquerque à santa antes de sua morte para Antonio Martins Moreira, que o revendeu, fazendo-o passar por muitos donos.
      A emancipação política chegou por meio da Lei 2.648, em 18 de dezembro de 1963, oficializado definitivamente em 1966. Os principais líderes do movimento foram: Nemésio Gomes da Silva, Abelardo Lopes e Diney Torres. O município possui atualmente uma das maiores atrações turísticas de Alagoas: a praia do Gunga, uma enorme costa de areia branca, cheia de coqueiros, que une as águas do Oceano Atlântico com as do Rio São Miguel. A cidade também favorece a prática de esportes náuticos.
      Roteiro tem uma culinária exuberante, com fartura de sururu, maçunim, peixes e ostras, retirados da lagoa homônima. Uma visão deslumbrante do local tem-se do Mirante Gutemberg Breda, na AL-101 Sul, de onde se avista toda a extensão coqueiral da Praia do Gunga e das praias e arrecifes da Barra de São Miguel. Além das belezas naturais, as festas da padroeira e da emancipação atraem muitos visitantes.
Lagoa de Roteiro. Roteiro, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião de São Miguel dos Campos, limites com Barra de São Miguel, São Miguel dos Campos e Oceano Atlântico. 10 metros acima do nível do mar.
Área: 129 km².
Clima: Quente. Máxima de 36ºC e mínima de 22ºC.

RIO LARGO - ALAGOAS

Cachoeira. Rio Largo, Alagoas.


      A história de Rio Largo é, em seus primordios, a mesma de Santa Luzia do Norte. A estrada de ferro, que não passava em Santa Luzia do Norte, fez com que fosse direcionado o desenvolvimento para o local, às margens da ferrovia, onde foram instaladas indústrias têxteis pertencentes à Companhia Alagoana de Fiação e Tecidos.
      O nome Rio Largo originou-se de um engenho de açúcar existente no local onde o rio Mundaú apresenta maior largura. No fim do século XIX foram fundadas duas unidades para a industrialização das fibras têxteis, em trechos de pequenos encachoeiramentos do rio Mundaú, favoráveis aquele tipo de atividade fabril. É válido ressaltar, também, nesse período, o surgimento da Usina Leão, que começou a moer em julho de 1894 e tornou-se, à época, uma das maiores do setor em toda a América Latina.
      O município de Rio Largo foi criado por decreto de 10 de dezembro de 1830. O desenvolvimento do pólo industrial acarretou, em 13 de julho de 1915, a elevação à categoria de cidade, através da Lei 696. Apesar de sua origem recente, Rio Largo deu a Alagoas filhos ilustres como Arnon de Mello e Luiz de Sousa Cavalcante, ambos ex-governadores do Estado.
      O clima de Rio Largo é tropical litorâneo úmido, com sol nos meses de setembro até maio, da primavera até o verão, com temperatura variando em torno de 19ºC à 32ºC. E com chuva e temporais nos meses de junho até agosto, do outono até o inverno, com temperaturas variando em torno de 15ºC à 26ºC. A umidade relativa do ar é de 79,2% e o índice pluviométrico é 1.410 mm/ano.
      Na tarde do dia 11 de março de 2010, abalos sísmicos foram sentidos por moradores de Rio Largo. O tremor de 2,3 graus na escala Richter atingiu, também, outras cidades do interior de Alagoas e de Pernambuco.
      As festividades em Rio Largo são muito concorridas, destacando-se o tradicional carnaval, com desfile de blocos; as festas juninas, com forró ao ar livre; a festa de Emancipação Política (13 de julho); a festa da padroeira Nossa Senhora da Conceição (08 a 13 de dezembro) e as festas natalinas, com a participação de folguedos populares como pastoril, reisado e chegança. Os cartões postais da cidade podem ser vistos do Alto da Cachoeira (rio Mundaú) e Av. Santos Dumont (vista parcial da cidade).






Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião de Maceió, limites com Atalaia, Messias, Murici, Pilar, Satuba e Maceió. 41 metros acima do nível do mar.
Área: 306 km².
Clima: Tropical litorâneo úmido. Máxima de 33ºC e mínima de 17ºC.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

QUEBRANGULO - ALAGOAS

Prefeitura Municipal. Quebrangulo, Alagoas.

      Os mais antigos habitantes, firmados no que ouviram dos seus antepassados, contam que o local onde se levantou a povoação foi primitivamente habitado pelos índios Xucurus que vieram formar aldeia nas proximidade da serra da Palmeira dos Índios, já encontrados aí estabelecidos os Cariris, emigrados de Pernambuco, em consequência da seca que assolou os sertões no ano de 1740.
      Sendo o chefe desse quilombo excelente caçador, chamavam-no "Quebrangulo", que na gíria dos negros significa "matador de porcos". Teve também o nome de Vitória, voltando posteriormente à denominação primitiva.
      Seu principal acidente geográfico é o Rio Paraíba do Meio, que nasce em Bom Conselho-PE e corta o município, possuindo 30 quilômetros. O rio Caçambinhas, que nasce em Quebrangulo e banha a sede do município tendo o curso de 11 quilômetros, até sua foz em Viçosa. De menor importância, são os riachos Dobrão, Seco, Caçambinha, Bálsamo e Lunga.
      As serras mais importantes do município são: as Guaribas, na parte norte com 92 metros; Chorador com 130 metros, nas suas encostas estão as nascentes dos riachos Dobrão e Seco, Cajueiro, com 175 metros, que é a mais alta e dista 20 quilômetros da sede municipal.
      Quebrangulo situa-se na "zona da pecuária", seu criatório de gado bovino é grandioso, servindo inclusive para exportar carne para a capital e estados vizinhos.
      O município já foi grande produtor de algodão, café, mandioca, banana, feijão e milho, que são vendidos geralmente na sede municipal, em regiões vizinhos e na capital do Estado.
      Os prédios em geral são modernos e simples, contando ainda com algumas casas antigas.
      Ao visitante, o que mais impressiona são as igrejas: a da Matriz do Senhor Bom Jesus dos Pobres, domina todo o centro da cidade e a Igreja do Rosário situada num alto, onde se pode ter uma visão quase geral da cidade.
      Quebrangulo é toda entrecortada por pontes sobre os rios Paraíba do Meio e o Quebrangulinho, o que dão um aspecto agradável a todos que a visitam. Por possuir várias pontes cortando o centro do município, denominaram-na de "Veneza Alagoana".
      A cidade não foi planejada quando começou a ser povoada, mas os aspectos das ruas são quase retilíneos e simétricos; dir-se-ia que fora edificado obedecendo a uma certa ordem estética. Fato digno de registro é que as ruas seguem direção em forma de cruz, o que faz lembrar o sentimento de religiosidade do povo do município.


Igreja Matriz. Quebrangulo, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião de Palmeira dos Índios, limites com Palmeira dos Índios, Paulo Jacinto, Chã Preta e Pernambuco. 342 metros acima do nível do mar.
Área: 320 km².
Clima: Temperado. Máxima de 36ºC e mínima de 14ºC.

MAJOR FOLIA 2012


      A Prefeitura Municipal de Major Isidoro divulga a programação do Major Folia 2012.

02/03/2012 - Sexta-feira:
Forró dos Plays, Bob Estrela e Playboyzada.

03/03/2012 - Sábado:
Julinho Porradão, Cajubanda e Galã do Brega

PORTO REAL DO COLÉGIO - ALAGOAS

Ponte entre Porto Real do Colégio(AL) e Própria (SE).
      O povoamento de Porto Real do Colégio remonta aos meados do século XVII. Diferentes tribos de índios, entre estas as Tupinambás, Carapotas, Acoranes ou Aconãs e Cariris habitavam a região. Elas viviam da caça, pesca e lavoura. Os bandeirantes da Bahia em demanda no Nordeste que desciam o rio São Francisco em companhia dos padres jesuítas, encarregados da catequese dos "gentios", foram os primeiros civilizados a pisar o aldeamento que ficava à margem do grande rio, deixando aí o primeiro marco da civilização. Conta-se que esses bandeirantes e jesuítas adquiriram na referida região uma extensa faixa de terra a qual denominaram-se "Urubu-Mirim" para diferenciar de Urubu, hoje Propriá. Os jesuítas conseguiram aos poucos fixar as tribos indígenas nos arredores da sede, apesar das lutas travadas entre os Cariris, os Aconãs e os bandeirantes recém chegados à região.
      Os jesuítas erigiram na povoação, no cimo de uma colina, uma capela rústica sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, em torno da qual começou a florescer o novo núcleo populacional. Nos meados do século XVII fundaram um convento e um colégio em frente a capela, hoje matriz de Nossa Senhora da Conceição, do lado sul da margem esquerda do rio São Francisco. Neste colégio, diz Pedro Paulina da Fonseca, no seu livro "Conventos de Alagoas", ensinavam-se línguas; entre elas o latim.
      De um modo geral, o povoamento de Porto Real do Colégio foi resultado da fusão das três raças que colonizaram o Brasil, o branco desbravador; o negro, elemento próprio para o trabalho agrícola e o índio, dono da terra. O nome verdadeiro deveria ser Colégio do Porto Real, pois o povoamento se originou do Colégio dos jesuítas que tinha o nome de "Real". Há mesmo documento onde lhe é dada aquela denominação, como é o caso da Lei Nº 702, 19 de maio de 1875, onde o vice-presidente da província das Alagoas, bacharel Felipe de Melo Vasconcelos, no artigo 1º da citada Lei, diz, "fica criada a freguesia de São Brás desmembrada do Colégio do Porto Real...".
      Com muito destaque, desponta o rio São Francisco, que margeia o município no sentido norte-sul, fazendo divisa com o Estado de Sergipe. Própria, é a cidade fronteiriça. A seguir, aparece o rio Boacica, que corta Porto Real do Colégio no sentido leste-oeste, tendo sua foz no São Francisco, fazendo limite com Igreja Nova. Menção ainda para o rio Itiuba, banhando o município numa exten~são de 18 quilômetros, afluente da margem esqueda do São Francisco. Seguem-se em importâncias os riachos Sampaio (divisa com São Brás), da Areia, Cambão e Taquara, e as lagoas Grande, da Porta, Cangote, Tapera, Caldeirão e Carnaibas, além da Serra da Maraba, que serve de linha divisória com Olho d'Água Grande.
      A principal bacia hidrográfica que corta o município é o rio Itiúba, que deságua no rio São Francisco. Junto a este, entre as inúmeras lagoas que possibilitam o plantio do arroz estão: Mucambo, Caldeirão, Prata, Cangote, Saldanha, Porto e Enxada. Esta bacia marca as mudanças da Zona do Agreste para a Zona da Mata e o Baixo São Francisco. Seu vale se mostra bastante úmido, mas com os desmatamentos modificou o quadro climático e a paisagem natural. Seu relevo está esculpido nos tabuleiros por erosão das chuvas. Alguns povoados ficam à sua margem: Girau, Angico, Itiúba. Às margens do São Francisco, suas formas meandrícas indicam sua quase horizontalidade na declividade e muitas ilhas.
      Porto Real do Colégio tem no rio São Francisco o seu maior potencial para o desenvolvimento do turismo. Os passeios de canoas à vela ou motor, as praias formadas pelas coroas da areia no leito do rio, a visita à aldeia Kariri-Xocó, onde os índios praticam danças tradicionais como o Toré e desenvolvem o artesanato em barro, coco, madeira e ossos são as grandes opções do município.

Porto Real do Colégio, Alagoas.



Dados do Município:

Situação geográfica: Microrregião de Penedo, limites com São Brás, Olho d'Água Grande, Campo Grande, Feira Grande, São Sebastião e Igreja Nova. 17 metros acima do nível do mar.
Área: 242 km².
Clima: Temperado. Máxima de 35ºC e mínima de 23ºC.

MANO WALTER EM BOCA DA MATA - ALAGOAS




      No domingo, dia 04 de Março de 2012, na Bica do Arlindo em Boca da Mata, acontecerá a 2ª Grande Cavalgada com o Show de Mano Walter.
      A concentração será às 08:00 da manhã no Módulo Esportivo.
Bica do Arlindo. Boca da Mata, Alagoas.

PORTO DE PEDRAS - ALAGOAS

Praia do Patacho. Porto de Pedras, Alagoas.


      A ocupação europeia de Porto de Pedras aglutinou-se em torno da sede da missão franciscana na chamada "Alagoas Boreal", estabelecimento dedicado à catequese dos Potiguares. Essa missão contava com o apoio de Christoffer Linz e seu irmão Sibad Linz que combatiam os indígenas da região. Mortos os guerreiros indígenas em combate, as suas mulheres e crianças eram conduzidas para a missão de Porto de Pedras.
      Posteriormente, no contexto da segunda das invasões holandesas do Brasil, as tropas luso-espanholas ergueram um pequeno forte destinado à defesa de Porto Calvo, visando dificultar o acesso de embarcações inimigas através do lagamar da Rateia penetrar e da ria de Porto de Pedras, e daí subir o rio até defrontar a colina fortificada de Porto Calvo, a cerca de quarenta e dois quilômetros de distância, rio acima.
      Durante o conflito, a posse de Porto de Pedras alternou-se entre luso-espanhóis e neerlandeses. A primeira ocupação neerlandesa de Porto de Pedras registrou-se a 14 de maio de 1633, quando a partir do lagamar da Rateia a artilharia da esquadra fez fogo sobre a povoação e destruiu várias embarcações portuguesas ali ancoradas. Tendo oferecido resistência ao desembarque inimigo, a povoação foi incediada pelo defensores, que se refugiaram em seguida pelos engenhos do interior ou em povoados vizinhos. Com a reconquista definitiva de Porto Calvo pelos portugueses, Porto de Pedras foi reconstruída.
      Até meados da década de 60 era roteiro de viagem para Recife. Possuía estaleiros e sua importância para navegação marítima é tão grande, que a Marinha instalou no lugar um farol, para a orientação de navios.
      Por alvará-régio datado de 5 de dezembro de 1815, Porto de Pedras foi elevada à categoria de vila, desmembrada de Porto Calvo.
      Posteriormente, em 1864, Porto de Pedras perdeu a sua autonomia ao ser anexada a Passo de Camaragibe. Readquiriu a sua emancipação em 1868, mas apenas pela Lei 903 em 1921, tornou-se município.
      Porto de Pedras atrai por suas belezas naturais e características culturais de seu povo. Um ponto de encontro é a travessia do rio Manguaba de barco ou balsa para Japaratinga, com uma paisagem rica em manguezais e coqueirais. As praias do Patacho e Tatuamunha são redutos de namorados. Há ainda as praias de Crôa do Tubarão e Porto de Pedras, além da bela paisagem do farol, os antigos engenhos de cana e casas grandes dos coronéis.
Farol de Porto de Pedras. Porto de Pedras, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião do Litoral Norte Alagoano, limites com Japaratinga, Porto Calvo, Matriz de Camaragige, Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres e Oceano Atlântico.
Área: 258 km².
Clima: Temperado. Máxima de 33ºC e mínima de 19ºC.

CELEBRIDADES DO FORRÓ E BANDA XATREZ NO LE HOTEL



      Mais uma oportunidade de curtir uma boa noite de  sábado, com as Banda Celebridades do Forró e a Banda Xatrez. O evento acontecerá no Le Hotel.
Mulheres tem entrada grátis das 22h às 23h.
A entrada também vira consumação das 22h às 23h.
Maiores informações: 9114-4000 / 3325-4884

PORTO CALVO - ALAGOAS

Entrada de Porto Calvo, Alagoas.


      O município de Porto Calvo é a freguesia mais antiga do estado, pois já existia no século XVI. Sua fundação é atribuída a Cristóvão Lins, a quem foram doadas terras que se estendiam do rio Manguaba ao Cabo de Santo Agostinho. "A sesmaria recebeu o nome de Santo Antônio dos Quatro Rios - Manguaba, Camarajibe, Santo Antônio Grande e Tatuamunha - compreendia as terras entre os rios Manguaba, passando pelo Camarajibe (Matriz e Passo do Camarajibe), Tatuamunha (Porto de Pedras) e chegando ao rio Santo Antônio, em São Luiz do Quitunde". Nesta região, ele iniciou a cultura canavieira, e construiu uma capela e sete engenhos. Os novos proprietários procuraram logo fazer a derrubada das matas e plantar cana-de-açúcar, surgindo daí os engenhos banguês que sustentaram a economia alagoana durante quatro séculos, até serem substituídos pelas usinas. Os primeiros engenhos foram construídos por Cristóvão Lins, no qual ele batizou com os nomes de Escurial, Maranhão e Buenos Aires.
      Porto Calvo foi um dos primeiros locais a ser habitado pelos portugueses. A cruzada organizada por Cristóvão Lins percorreu parte do litoral, expulsando os índios e se apossando de suas terras. Cristóvão Lins recebeu o título de alcaide-mor de Porto Calvo em 1600. O povoado foi se formando com o movimento entre o norte e o sul, assumindo características de vila nos primeiros trinta anos do século XVII. A origem do nome vem de uma lenda na qual um velho calvo, que morava às margens do rio, construiu um porto, conhecido como o "Porto do Calvo". Quando foi elevada à vila, passou a se chamar Bom Sucesso, em homenagem à vitória de Matias de Albuquerque contra os holandeses, mas permaneceu Porto Calvo até os dias atuais.
      Sempre presente em fatos políticos, Porto Calvo teve papel saliente nos diversos acontecimentos sociais e políticos da Capitania de Pernambuco, haja vista, que à época esta como o Estado de Alagoas eram parte do Estado de Pernambuco. Fez-se notável pela parte que tomou na guerra com os holandeses, serviu de base para as forças expedicionárias e como entreposto comercial durante o período da destruição do célebre Quilombo dos Palmares. Tem como filhos ilustres Calabar, Zumbi e Guedes de Miranda, sendo que Domingos Fernandes Calabar se tornou o caso mais famoso de deserção da história do país. Figura muito discutida por historiadores, com duas correntes antagônicas, uns considerando-o herói e outros o julgando traidor da pátria por ter se aliado aos holandeses. Na época do Brasil Colônia, num tempo em que não se encontrava solidificado o sentimento nativista e a consciência de uma pátria como a temos nos dias atuais, a deserção era fato corriqueiro dentro das fileiras dos exércitos. Calabar não foi o único a desertar, outros que por diversos motivos e pertencentes às mais diferentes etnias e nacionalidades mudavam de lado rotineiramente.
      A freguesia, sob invocação de N. S. da Apresentação, foi criada por volta de 1575. Sendo elevado de povoado à vila em 12 de Abril de 1636, e foi elevada à categoria de cidade pela Resolução Nº 1.115, de 14 de Novembro de 1889 e depois pelo Decreto Nº 10, de 10 de Abril de 1890. Como atrativos (além da própria história), o município oferece a Igreja Matriz, considerada Monumento Nacional em 6 de Junho de 1952, pelo Senado Federal e tombada em 17 de janeiro de 1955 pelo serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a Igreja de Nossa Senhora da Apresentação traz estampada em seu frontispício a data de 1610, como ano de sua conclusão. Temos o Alto da Forca e o rio Manguaba, além das festas da padroeira (21/11) e do aniversário (12/04).
      Seu relevo apresenta duas feições: a primeira a dos tabuleiros, com uma topografia plana e suavemente ondulada, modelada em rochas sedimentares argiloarenosas. A segunda corresponde a do modelado em rochas cristalinas, com uma topografia ondulada e movimentada, destacando-se as serras do Café, do Urubu e Benfica. A altitude oscila de poucos metros a 200 metros.
      A rede hidrográfica é constituída pelos Rios Salgados, Grupiuna, Manguaba, e seus afluentes, Comandatuba, Muicatá e Tapamundé.
      Situado em altitudes muito baixas no litoral do Estado de Alagoas, o clima desse município é tropical megatérmico e úmido, quase subúmido. A variação climática sazonal é assegurada, principalmente pelo regime de chuvas: há uma estação muito chuvosa, centralizada no inverno (Junho, Julho e Agosto) e uma estação seca centralizada no verão (Novembro, Dezembro e Janeiro). Os totais anuais de chuvas são elevados, normalmente entre 1400 e 1500 mm, porém as chuvas são mal distribuídas ao longo do ano. Embora a estação da chuva inicie-se normalmente em março e termine em agosto (61% do total anual), somente a partir de maio iniciam-se as chuvas, estendendo-se até agosto, onde há uma grande formação de água (500 a 600 mm, normalmente) que fica disponível para o escoamento superficial. Em contra partida, de outubro a fevereiro, chove apenas 15% a 20% do total anual. Considerando que as temperaturas permanecem em níveis predominante elevados durante todo o ano, a necessidade natural de águas nessa época torna 15% a 20% de chuvas insuficientes, daí resultam grande déficit de água nos solos; que costumam prosseguir até abril. Tem as características de um clima temperado ocorrendo máxima de 30ºC e mínima de 20ºC. O inverno tem seu início em abril e termina em setembro.
      O município de Porto Calvo era coberto pela Mata Atlântica, hoje bastante rara, preservada em alguns pontos e em recuperação em outros. Porto Calvo era dotado de consideráveis riquezas florestais, havendo madeiras de várias espécies. O junco e o peri-peri, destinados à confecção de esteiras, são encontradas em grandes quantidades em vários rios portocalvenses. Já a riqueza de origem animal se constata em grande quantidade nos rios e lagoas.
      Esta vegetação exuberante aos poucos foi sendo substituída por outra, muito pouco diversificada, de sua principal cultura a cana-de-açúcar. O clima também é favorável à lavoura de subsistência (mandioca, milho, etc.).
      A argila ou barro para a fabricação de telhas e tijolos, constitui a principal riqueza mineral. Como riqueza de origem animal existem peixes e camarões nos principais rios e lagoas, o que propicia também uma pequena atividade pesqueira, havendo também criatórios particulares para comercialização. A atividade agropecuária e a indústria açucareira constituem a base econômica local. As demais atividades que têm predominância na economia municipal são a produção de açúcar, de álcool, através da Usina Santa Maria; e as cerâmicas. Seguem-se o arroz, mandioca e coco-da-baía. A cana-de-açúcar é escoada para a Usina Santa Maria enquanto os demais produtos são exportados para Maceió. A pecuária, que anos atrás, ocupava uma posição de destaque em sua economia está reduzida a uma criação considerada apenas regular. Não há indústrias significativas no município, exceto a usina.
      Porto Calvo concentra um comércio de variadas opções e economia estável, além da feira livre aos sábados e domingos.
      Na construção da sua história ao longo dos seus 371 anos de existência quando foi elevado de povoado à vila, o município tem se desenvolvido em alguns aspectos, sendo que em períodos passados a sua história ficou esquecida. A comunidade portocalvense até o ano de 1965 ficava às escuras no horário de 22:00 horas por diante, por possuir na sede deste município um pequeno motor a óleo acompanhado de um pequeno gerador que fornecia energia elétrica para o município até o horário acima citado. Hoje as comunidades urbanas e rurais são beneficiadas pela CHESF (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), por meio da Eletrobrás Distribuição Alagoas, sendo a mesma responsável pela distribuição da energia elétrica no município.
     Para transportar a produção açucareira da Usina Santa Maria (única indústria de porte médio em 1967), para o Porto de Maceió, o Sr. "Zeca Galego", que possuiu um Alfa Romeo (caminhão de Carroceria); que quando passava pela fazenda Bereguedé e outras, alegrava as crianças com suas buzinadas e a rapaziada se divertia quando as crianças gritavam assim: "Apita, Zeca Galego!".
      Em relação ao abastecimento de água, Porto Calvo foi beneficiado com a construção de barragem para tratamento, beneficiando todo o município, além dos povoados da Mangazala, Caxangá.
      Com exceção da sua Igreja Matriz, concluída na primeira década do século XVII, tudo o que era antigo foi destruído tanto pela ânsia de seus habitantes por casas novas e modernas, quanto pela imposição de administrações do passado, que com pressa em modernizar as calçadas e as fachadas das casas, sem conhecimento do valor histórico das construções antigas, destruiu grande parte do patrimônio histórico do município, a expansão do setor comercial, pela exiguidade de espaço também operou grande destruição neste sentido. A própria Matriz, única relíquia histórica que resiste ao tempo, não se sabe como era no tempo de sua inauguração, por causa de inúmeras reformas e deformações que sofreu ao longo dos séculos. Por isso, Porto Calvo, atualmente é apenas uma referência histórica. Um município modernizado, apenas antigo na história.

Igreja Matriz Nossa Senhora da Apresentação. Porto Calvo, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião da Mata Alagoana, limites com Jundiá, Matriz do Camaragibe, Porto de Pedras, Japaratinga, Maragogi e Jacuípe. 35 metros acima do nível do mar.
Área: 308 km².
Clima: Temperado. Máxima de 30ºC e mínima de 20ºC.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

POÇO DAS TRINCHEIRAS - ALAGOAS

Poço da Trincheiras, Alagoas.

      Diz a tradição que um fidalgo holandês de sobrenome Wanderley, época dos flamengos em Alagoas, entrando em desavença com seus patrícios foi deportado para Penedo, onde viveu o resto de sua existência. Passados muitos anos, sentindo-se doente e perto do fim, procurou um pretendente para sua filha solteira. Homem influente, seus amigos encontraram na região do Rio Ipanema um rapaz de bom conceito para o matrimônio com a donzela. Ali eles se radicaram e deram início à povoação, que tinha um poço em suas redondezas. Diz ainda a memória popular que foi erguida uma trincheira no acesso da luta contra os holandeses para defender o lugar. O que se pode deduzir é que o poço existiu, mas hoje está praticamente enterrado no areal do Rio Ipanema. É provável, entretanto, que pela existência da influente família Wanderley naquela região, bem como pelos olhos azuis e o biotipo de características dos neerlandeses, as trincheiras tenham sido erguidas por descendentes ou remanescentes dos holandeses derrotados e expulsos após as batalhas dos Guararapes.
      O local onde hoje se encontra a cidade de Poço das Trincheiras era a propriedade da família Wanderley, descedentes de batavos. Após alguns anos, João Carlos de Melo implantou uma fazenda naquela área e uniu-se aos Wanderley, dando grande impulso para a formação do aglomerado humano. Diversas famílias de outras regiões se deslocaram para lá e instalaram propriedades, atraídas pelas condições propícias para a criação de gado e pela fertilidade das terras. Em pouco tempo, a povoação cresceu e formou-se um próspero núcleo.
      O grande desenvolvimento do povoado foi, paulatinamente, revelando a necessidade da independência política. O mais destacado líder na luta da emancipação foi Osman Medeiros, que não mediu esforços para tornar o povoado um município autônomo. Finalmente, Poço das Trincheiras foi elevado à condição de município em 15 de julho de 1958, através da Lei Nº 2.100. Desmembrado de Santana do Ipanema, foi instalado oficialmente em 20 de janeiro de 1959. O próprio Osman Medeiros foi nomeado administrador municipal provisório para o período de 1959 a 1961. O primeiro prefeito foi Ronalson Monteiro Wanderley, que governou o municípiode 1962 a 1966.
      Sob o ponto de vista religioso, a freguesia foi criada pelo então presidente da Província das Alagoas, Pedro Leão Velloso Filho, através da Lei Nº 960, de 18 de julho de 1885. Porém, não recebeu a instituição canônica do bispo de Olinda. Dessa forma, somente em 25 de maio de 2003, por um decreto de Dom Fernando Lório Rodrigues, bispo diocesano de Palmeira dos Índios, foi instituída - conforme o Direito Eclesiástico - a Paróquia de São Sebastião do Poço das Trincheiras. No mesmo dia, foi expedida a Provisão nomeando o padre Gilson Farias Barbosa administrador paroquial.
Rio Ipanema. Poço das Trincheiras, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião de Santana do Ipanema, limites com Maravilha, Santana do Ipanema e Pernambuco. 300 metros acima do nível do mar.
Área: 292 km².
Clima: Temperado. Máxima de 39ºC e mínima de 20°C.

PIRANHAS - ALAGOAS

Piranhas, Alagoas.


      O Arraial de Piranhas data do século XVIII, quando duas famílias os Feitosas e os Alves começaram a desenvolver a região. O lugar era conhecido por Tapera até o dia em que um caboclo pescou uma piranha num riacho próximo. A história desta pesca tornou a pequena vila conhecida como "Porto da Piranha". Com o tempo, Tapera se transformou num povoado e  o grande movimento no porto deu definitivamente nome à cidade.
      Localizada às margens do rio São Francisco, é uma das cidades mais antigas e também uma das mais bonitas de Alagoas, sendo por muito tempo parada obrigatória para quem vinha dos sertões de Pernambuco ou de regiões banhadas pelo rio São Francisco. Com a navegação a vapor, a partir de 1867, o povoado teve impulso ainda maior, consolidado com a construção da estrada de ferro, ligando Piranhas a Penedo. Em 20 de julho de 1885 pela Lei provincial 964, foi criada a freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Saúde. A vila foi criada em 1887 e em 1891 foi emancipada, passando a se chamar Floriano Peixoto. 1949 voltou a ser Piranhas.
      Piranhas ficou nacionalmente conhecida por ser a cidade onde a cabeça de Lampião, e outros do seu bando, ficaram expostos após a decapitação. Em Piranhas também foi rodado o filme Baile Perfumado, com o mesmo tema do cangaço. No museu da cidade pode ainda ser visto várias fotos do bandido Lampião, inclusive a  famosa foto que mostra o empilhamento das cabeças na escadaria da prefeitura do município. Neste museu trabalha hoje, como auxiliar, um dos policiais que, na época, mataram Lampião e seu bando.
      O município ainda é banhado pelo majestoso rio São Francisco. Piranhas foi reconhecida como patrimônio histórico nacional pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
      Cidade razoavelmente calma, com bom desempenho turístico, mas com uma economia muito fraca e totalmente dependente do recebimento de royalties, provenientes da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco).
      Piranhas, que se divide em "de Baixo e de Cima", vem há algum tempo chamando a atenção, especialmente para a própria geografia, cuidadosamente moldada entre a caatinga e os rios São Francisco, Boa Vista (ou Piranhas), Urucu e Capiá.
      Mas também seu casario colonial, disposto irregularmente em morros e baixadas, o artesanato singelo, a gastronomia, que inclui o saborosíssimo pitú, e a gente simples e cativante fazem da cidade a quarta mais visitada do estado.
      A sensação que se tem ao chegar ao lugarejo é inexplicável, tamanha a energia que envolve o conjunto arquitetônico. Para começar, a orquestra filarmônica saúda os visitantes com músicas variadas no Centro Cultural Miguel Arcanjo de Medeiros. O conservatório, o único de Alagoas, está instalado na casa onde Dom Pedro II pernoitou em sua passagem pela cidade, em 1859, na parte alta.
      De lá, parte-se para o percurso turístico, que passa pelo Museu do Sertão, pela igrejinha de São Francisco e pelo Café da Torre, na parte baixa, até os mirantes, de onde se avistam os limites da cidade, emoldurados pelo Velho Chico. À noite, a Banda de Pífaros, comandada pelo músico e instrumentista Egildo Vieira, se apresenta na praça.
      O município de Piranhas tem ruas limpas e fachadas cuidadosamente pintadas em várias cores. Em um sistema adotado pela prefeitura, os moradores escolhem a cor e a administração pública providencia a pintura. Assim, não há uma só casa com aparência de descuido, nem as pontes e os meios-fios. O zelo é tanto que a cidade mais parece um cenário de cinema. Prova disso são os filmes que foram rodados lá (Lampião e Baile Perfumado), sem falar na novela da TV Globo Cordel Encantado, também ambientada em Canindé do São Francisco.

Usina Hidrelétrica de Xingó. Piranhas, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião Alagoana do Sertão do São Francisco, limites com Olho d'Água do Casado, Pão de Açúcar, São José da Tapera, Inhapi e Rio São Francisco. 47 metros acima do nível do mar.
Área: 408 km².
Clima: Temperado. Máxima de 39ºC e mínima de 20ºC.

PINDOBA - ALAGOAS

Pindoba, Alagoas.


      De uma promessa feita pelo fazendeiro João Dias nasceu a cidade de Pindoba. Bastante enfermo, ele prometeu construir uma capela em agradecimento a São Sebastião, caso se recuperasse. Curado, João Dias mandou levantar imediatamente a capela na fazenda. A missa passou a ser frequentada pelos habitantes de toda a região.
      Por causa desse movimento religioso, muitos agricultores se transferiram para o local. A fertilidade das terras também contribuiu para atrair outros moradores, que passaram a trabalhar no desenvolvimento, não somente da agricultura, mas também na pecuária. Em pouco tempo muitas casas foram surgindo.
      O nome primitivo do lugar foi Pindoba Grande, passando mais tarde a ser chamada Vila Pindoba Grande, nome originário de um tipo de palmeira hoje, inexistente.
      Somente com a melhoria das estradas da região é que o povoado conseguiu se desenvolver.
      A emancipação política aconteceu em 1957, através da Lei 2.070. O município foi instalado oficialmente em 1959, desmembrado de Viçosa. A mesma lei mudou o nome do município para Pindoba. Quatro nomes foram importantes no movimento de emancipação política de Pindoba: Abraão Fidélis de Moura, Lourival Freire da Costa, Antenor Claudino da Costa e José Ernani Accyoli Costa Jr.
      Cidade pequena, de clima ameno, Pindoba concentra suas comemorações no aniversário de emancipação política (1957) e nos louvores à padroeira local.
Fazenda Cachoeira. Pindoba, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião Serrana dos Quilombos, limites com Viçosa, Mar Vermelho, Maribondo e Atalaia. 200 metros acima do nível do mar.
Área: 118 km².
Clima: Temperado. Máxima de 32ºC e mínima de 18ºC.

PILAR - ALAGOAS

Pilar, Alagoas.

      A cidade de Pilar surgiu no século XIX de um engenho que pertencou ao espanhol José de Mendonça Alarcão Ayala, ancestral do Barão de Mundaú. Segundo a tradição, o nome do município tem origem na lenda do aparecimento de uma imagem de Nossa Senhora em um pilar, nos arredores do povoado. Ainda segundo a lenda, a santa foi retirada e colocada em uma capela, surgindo, tempos depois, no local primitivo. Outros historiadores, porém, afirmam que a padroeira da cidade foi trazida pelo espanhol José Ayala, de sua terra natal.
      Em Pilar, registrou-se a última pena de morte no Brasil. O escravo Prudêncio, pertencente a João Lima e outros dois escravos Vicente e Francisco se uniram e resolveram matar os patrões. Prudêncio matou João Lima e sua mulher, mas os outros escravos não conseguiram atrair seus patrões para a emboscada.
      Descobertos os corpos, os negros fugiram, mas foram capturados. O Imperador D. Pedro II, então, autorizou o enforcamento de Prudêncio. A visita de D. Pedro II ao Pilar é considerada um dos mais importantes fatos históricos da cidade e da região.
      Em 1854, foi criada a freguesia de Pilar. Com o progresso, foi elevada à categoria de vila em 1857. Em março de 1872, a Lei 624 elevou Pilar à condição de município. Em 1944, o nome de Pilar foi mudado para Manguaba pelo fato da lagoa de mesmo nome ser o principal pólo turístico do município. Em 1949, o município voltou a se denominar Pilar.

Lagoa Manguaba. Pilar, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião de Maceió, limites com Atalaia, Marechal Deodoro, São Miguel dos Campos, Anadia, Rio Largo e Lagoa Manguaba. 8 metros acima do nível do mar.
Área: 250 km².
Clima: Temperado. Máxima de 30ºC e mínima de 20ºC.

PIAÇABUÇU - ALAGOAS

Piaçabuçu, Alagoas.

      Ao contrário de outros municípios que tiveram várias denominações ao longo dos anos, jamais trocou o seu nome inicial, de procedência indígena. Diferente da versão mais conhecida de que o nome estaria relacionado à existência de piaçavas ou piaçabas na região, planta muito usada no artesanato de vassouras, Piaçabuçu seria "Palmeira Grande". Na verdade, é uma corruptela de pe-haçab-çu, que significa, segundo os especialistas da língua tupi-guarani, "passagem geral do caminho".
      Piaçabuçu foi fundada em 1660 pelo explorador André Rocha Dantas e é uma das cidades centenárias do nordeste brasileiro. Era o local preferido daqueles que atravessavam o rio quando viajavam para um ou outro lado em pequenas canoas e toscas jangadas, que ali ficavam mais a salvo do rio caudaloso em virtude da existência de duas grandes ilhas no local que tornavam a passagem menos perigosa para os viajantes. Indubitavelmente, os primeiros habitantes de suas paragens foram os índios. Os valentes caetés foram escorraçados da região após o episódio do Bispo Sardinha.
      Os portugueses, contudo, ao dar início ao povoado, procuraram aliar-se aos cariris, de origem caraíba, pois, como dizia o capitão Alexandre Moura, "a maior de todas as fortalezas é viver e estar bem com os naturais". Os holandeses conheceram bem "a passagem geral do caminho" e deixaram nos tipos minoritários de aloirados com olhos azuis a marca de sua presença. Ao contrário de algumas povoações ribeirinhas como Porto Real do Colégio, há ponderável presença negra em sua formação. Vizinho a Coruripe, vale fértil onde vicejaram engenhos importantes na economia alagoana, o banguê na povoação foi um ponto de convergência para a vinda de uma população relativamente numerosa de escravos. Por via de consequência, pode-se dizer que na formação social da cidade houve o cruzamento dos três contigentes raciais: o índio, o africano e o europeu.
      Afirma-se que o negro já tinha vindo antes, quando da expedição exploradora de Jerônimo de Albuquerque, em 1557. Dizem seus defensores, como Alceu Maynard de Araújo, respaldado na obra clássica de Manoel Diégues Júnior O banguê nas Alagoas, que eles estavam naquela expedição em reduzida participação e que voltaram em contigentes maiores quando foram lançados os fundamentos da primeira capela em Piaçabuçu, um século depois. Provavelmente, quem erigiu a capela foi o já citado capitão André da Rocha Dantas, comandado do mestre-de-campo, general Francisco Barreto, sendo depois substituído pelo tenente Jácome Bezerra na investida intentada contra o Quilombo dos Palmares, que, nessa época, deveria ter cerca de vinte mil guerreiros.
      Piaçabuçu foi visitada em 1859 pelo imperador Dom Pedro II, que, inclusive, participou de festas na cidade antes de seguir viagem para outras cidades.
      Distrito criado com a denominação de Piaçabuçu, pela lei provincial Nº 539, de 11 de julho de 1859.
      Elevado à categoria de vila com a denominação de Piaçabuçu, pela Lei provincial Nº 866, de 31 de maio de 1882, desmembrado de Penedo. Sede na antiga povoação de Piaçabuçu.
      Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.
      Grande parte da economia da cidade gira em torno do turismo, em especial do passeio ofertado por diversos barcos particulares à foz do Rio São Francisco que banha a cidade. Um dos mais famosos barqueiros locais é conhecido como o "Delta do São Francisco".
      Rio da integração nacional, o São Francisco, descoberto em 1502, tem esse título  por ser o caminho de ligação do Sudoeste e do Centro-Oeste com o Nordeste. Desde as suas nascentes, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, na cidade de Piaçabuçu divisa de Sergipe e Alagoas, ele percorre 2.700 km. Ao longo desse percurso, que banha cinco Estados, o rio se divide em quatro trechos: o Alto São Francisco, que vai de suas cabeceiras até Pirapora, em Minas Gerais; o Médio, de Pirapora, onde começa o trecho navegável, até Remanso, na Bahia; o Submédio, de Remanso até Paulo Afonso, também na Bahia; e o Baixo, de Paulo Afonso até a foz.
      O rio São Francisco recebe água de 168 afluentes, dos quais 99 são perenes, 90 estão na sua margem direita e 78 na esquerda. A produção de água de sua Bacia concentra-se nos cerrados do Brasil Central e em Minas Gerais e a grande variação do porte dos seus afluentes é consequência das diferenças climáticas entre as regiões drenadas. O Velho Chico - como carinhosamente o rio também é chamado - banha os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas no qual tem sua foz na cidade de Piaçabuçu. Sua Bacia Hidrográfica também envolve parte do estado de Goiás e o Distrito Federal.
      O Rio São Francisco tem sua foz considerada a 5ª maior da América Latina onde tem seu encontro com o Oceano Atlântico.
      Sua principal fonte de renda provem da atividade primária, com o coco, o arroz, a pesca e a cana-de-açúcar. Piaçabuçu também tem o maior banco de camarão do Nordeste e é um importante pólo pesqueiro.
      Um dos maiores atrativos turísticos de Alagoas fica em Piaçabuçu, na foz do rio São Francisco, cenário de indescritível beleza quando suas águas se encontram com o mar. Com dunas de areias claríssimas e várias lagoas de águas mornas.
      O litoral de Piaçabuçu possui duas extensas praias: a praia de Pontal do Peba e a praia do Peba; que se estendem desde a Vila de Pontal do Peba até Pontal da Barra. Caracterizam-se pela sua areia fina e escura e pelas dunas paralelas à praia que recorrem toda sua extensa costa, destacando as localizadas na desembocadura do Rio São Francisco. São praias frequentadas pelos admiradores dos extensos calçadões, graças a seus mais de 40 km de areias contínuas, a mais extensa do Estado de Alagoas e uma das maiores do Brasil. Todo seu ambiente é uma importante área de preservação de tartarugas marinhas e aves migratórias.
      A Praia de Pontal do Peba tem uma grande extensão e situa-se ao sul do povoado pesqueiro que lhe dá o nome. De areia fina e águas tranquilas, é uma praia bastante frequentada pelos amantes das longas calçadas às margens do Oceano Atlântico. Destaca-se por sua boa infra-estrutura com pousadas, bares e restaurantes, e durante todo o ano realizam-se nas suas imediações numerosas atividades, entre as quais merecem mencionar a gincana de pesca de arremesso, em novembro, e o festival da Pilombeta, em setembro.



Dunas Pontal do Peba. Piaçabuçu, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião de Penedo, limites com Penedo, Feliz Deserto, Rio São Francisco e Oceano Atlântico. 5 metros acima do nível do mar.
Área: 240 km². 
Clima: Tropical quente. Máxima de 38ºC e mínima de 26ºC.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

THIAGUINHO NA VOX ROOM



      No dia 25 de março de 2012 o vocalista Thiaguinho ex-integrante do grupo Exalta Samba retorna a Maceió, em carreira solo com as bandas: Sem Compromisso, Boca de Forno, Só na Marosidade.

PENEDO - ALAGOAS

Penedo, Alagoas.

      O nome Penedo originou-se de a pequena pedra. O povoado, fundado por Marcelo Coelho Pereira, das principais cidades históricas do Brasil, foi elevado a vila de São Francisco em 1636 e em fins do século XXII passou a ser denominada Penedo do Rio São Paulo. Sua arquitetura atrai turistas de numerosas origens. A Igreja de Santa Maria dos Anjos é uma das obras primas mais visitadas.
      Entretanto, os historiadores alagoanos discordam quanto a sua origem. Uns dizem que a criação do povoado está relacionada a Duarte Coelho Pereira, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco. Os que discordam, afirmam que o responsável foi Duarte Coelho de Albuquerque, segundo donatário da Capitania, que herdou do pai. Entre os que defendem essa hipótese está Craveiro Costa, para quem a conquista de Alagoas começou em 1560. Duarte Coelho de Albuquerque organizou duas bandeiras, uma com destino ao norte de Olinda e outra para o sul. A bandeira que se dirigiu ao sul, à qual se incorporaram o próprio Duarte Coelho de Albuquerque e seu irmão, atingiu o rio São Francisco entre 1560 e 1565 e teria dado origem ao povoado.
      A primeira sesmaria registrada na região data de 1596; outras foram distribuídas e, a partir de 1613, na sesmaria recebida por Cristóvão da Rocha, acredita-se ter sido fundado oficialmente o povoado.
      Sua principal fonte de renda provem da atividade primária, como o coco, o arroz, a pesca e a cana-de-açúcar.
      A cidade de Penedo foi incluída como um dos sete destinos turísticos pelo fórum mundial de turismo de 2005 do Movimento Brasil de Turismo e Cultura (MBTC). O MBTC, é uma iniciativa de ação contínua, que tem como missão estimular o desenvolvimento local sustentável através do turismo e da valorização da cultura. As ações e iniciativas do forum são identificadas pela marca destinations. E como dito a cidade do Penedo foi lançada como um destes destinos turísticos.
      Merece especial atenção na cidade a Fundação Casa do Penedo, fundada em 1922, tem por objetivo a preservação da memória da cidade, em especial do seu patrimônio artístico e cultural. A Fundação Casa do Penedo, em sua sede própria - na rua João Pessoa 126 - tem uma biblioteca e hemeroteca especializadas, um arquivo iconográfico e documental informatizados. Mantém exposição permanente contando a história do Penedo; divulga e relança obras, incentiva manifestações artísticas em todas as suas formas, com Biblioteca com mais de 20 mil títulos, acervo fotográfico Augusto Malta. Sala Barão do Penedo (painéis fotográficos e objetos pessoais), Sala Elísio de Carvalho (fotos e obras literárias), Sala dos Artistas (originais e réplicas de esculturas de artistas penedenses), Auditório Valdir Batinga (capacidade de 50 pessoas, nas paredes reproduções de jornais), Sala Dom Pedro II (registros fotográficos e pictóricos das duas passagens de D. Pedro), Sala da Cidade (galeria com políticos penedenses além de visitantes ilustres), Sala de Exposições Transitórias - para celebrar fatos históricos e acontecimentos culturais.
      Penedo já foi sede de um dos maiores eventos cinematográficos brasileiro, o Festival de Cinema que reunia artistas brasileiros renomados. É uma cidade essencialmente católica e de povo acolhedor.
      A cidade também tem parte de seu patrimônio histórico preservado, com destaque para a Igreja de Nossa Senhora da Corrente, tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e considerada uma das mais belas do país, com detalhes arquitetônicos do barraco, rococó e neoclássico, e decorada com azulejos portugueses do Império e piso de cerâmica inglês. Ao lado, onde estão expostas porcelanas, mobiliário e objetos que contam parte da história da cidade e do Brasil. O ilustre visitante, segundo conta o imaginário popular, teria dito que "o local é muito bonito e creio que deveria estar aqui a capital da Província".
      Outras edificações de destaque são a Igreja e o Covento de Nossa Senhora dos Anjos, do século XVIII, com detalhes barrocos; e a Igreja de São Gonçalo Garcia. A cultura ribeirinha, expressa pela localização da cidade às margens do Rio São Francisco, também é encontrada nos casarios e ruas de Penedo.
      Penedo é uma cidade a beira de um dos principais rios brasileiros, São Francisco, como sempre a população de maioria católica sempre acontece festejos do gênero, assim estamos falando da maior festa das cidades ribeirinhas do Velho Chico, a Festa de Bom Jesus dos Navegantes. Esta cidade tem muitos pescadores e a partir dos dias 9 a 18 de janeiro a cidade vive em festa com a população de outros municípios, como Igreja Nova e Porto Real do Colégio.
      A cidade se enfeita no Carnaval, a população sai de casa e se anima em uma das grandes festas da região sul de Alagoas são vários blocos que animam a cidade. Os mais famosos são Batuqueiros de Penedo, Legião de Amigos e Raquel (que existe há setenta anos).
Igreja Nossa Senhora das Correntes. Penedo, Alagoas.



Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião de Penedo, limites com Coruripe, Igreja Nova, Piaçabuçu, Feliz Deserto e Rio São Francisco. 15 metros acima do nível do mar.
Área: 689 km².
Clima: Tropical quente. Máxima de 32ºC e mínima de 22°C.

PAULO JACINTO - ALAGOAS

Serra Grande. Paulo Jacinto, Alagoas.

      O município de Paulo Jacinto teve como primeiro nome o de Lourenço de Cima, pois, havia outro denominado Lourenço de Baixo ou São Lourenço, propriedade agrícola de Lourenço Veiga, o qual construiu uma capela sob a invocação daquele Santo. O Lourenço de Cima, objeto dos presentes dados históricos, originou-se em uma capela erguida, em suas terras, por Antônio de Sousa Barbosa - homenagem a Nossa Senhora da Conceição. Antônio, considerado fundador, era paraibano, e, em 1835, transportou-se com sua família e haveres, construindo uma casa residencial e uma capela, conforme costume nas famílias abastadas e religiosas.
      Fez doação de considerável patrimônio de terras para assegurar a subsistência e conservação da capela a Nossa Senhora da Conceição, em cujas vizinhaças, em terreno daquele patrimônio, foram construídas as primeiras casas de taipa para moradia dos novos habitantes que, atraídos pela fertilidade do solo e amenidade do clima, para aí afluíram. Dadas as necessidades ambientais, surgiu o primeiro estabelecimento comercial, pertencente a José Carolino, na margem das estradas que vindas de cima - Palmeira dos Índios e do sertão - íam das no Riacho do Meio (município de Viçosa) e no Pilar. Os primeiros habitantes da povoação agricultores não desprezavam os negócios e, assim, trocavam as mais diversas mercadorias.
      Com a inauguração, em 1911, da estação da Estrada de Ferro da "Great Western", o Povoado passou a chamar-se Paulo Jacinto, homenagem a Paulo Jacinto Tenório, filho de Quebrangulo e que havia doado à citada Companhia uma área de terras destinada aos serviços da nova via de comunicação.
      O município de Paulo Jacinto está inserido predominantemente na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja que representa a paisagem típica do semi-árido nordestino, caracterizada por uma superfície de pediplanação bastante monótona, relevo predominantemente suave-ondulado, cortada por vales estreitos, com vertentes dissecadas. Elevações residuais, cristas e/ou outeiros pontuam a linha do horizonte. Esses relevos isolados testemunham os ciclos intensos de erosão que atingiram grande parte do sertão nordestino. Pequenas áreas do município, a sudoeste, se inserem na Unidade geoambiental das Superfícies Retrabalhadas. A vegetação é basicamente composta por Caatinga Hiperxerófila com trechos de Floresta Caducif ólia. O clima é do tipo Tropical Semi-Árido, com chuvas de verão. O período chuvoso se inicia em novembro com término em abril. A precipitação média anual é de 431,8mm. Com respeitos aos solos, nos patamares compridos e baixas vertentes do relevo suave ondulado ocorrem aos Planossolos, mal drenados, fertilidade natural média e problemas de sais; topos e altas vertentes, os solos Brunos não Cálcicos, rasos e fertilidade natural alta; topos e altas vertentes do relevo ondulado ocorrem os Podzólicos, drenados e fertilidade natural média e as elevações residuais com os solos Litólicos, rasos, pedregosos e fertilidade natural média.
      O município de Paulo Jacinto encontra-se geologicamente inserido na Província Borborema, abrangendo rochas do embasamento gnáissico-migmatítico, datadas do Arqueano ao Paleoproterozóico e a sequência metamórfica oriunda de eventos tectônicos ocorridos durante o Meso e NeoProterozóico.
      O município de Paulo Jacinto está inserido na bacia hidrográfica do Rio Paraíba, que o atravessa na sua porção central e banha a sede do município. Seus principais afluentes são os Riachos Cavalo, Taquara, Lunga, Galeão, Cafundó e Muquém.


Dados do Município:


Situação Geográfica: Microrregião de Palmeira dos Índios, limites com Quebrangulo, Palmeira dos Índios, Mar Vermelho e Viçosa. 274 metros acima do nível do mar.
Área: 118 km².
Clima: Temperado. Máxima de 32ºC e mínima de 14ºC.

PASSO DE CAMARAGIBE - ALAGOAS

Praia do Morro. Passo de Camaragibe, Alagoas.

      O povoado se formou às margens do rio Camaragibe e em torno de uma igreja, por isso, sua primeira denominação foi Matriz de Camaragibe. Um outro povoado, porém, começou a surgir no ponto em que o rio tinha menor profundidade. O movimento intenso por causa dos comerciantes que vinham da capitania de Pernambuco para utilizar os armazéns de embarque conhecidos como "passos" fez com que a sede administrativa fosse transferida de Matriz para Passo de Camaragibe.
      Após a invasão holandesa e a morte de Calabar, Passo de Camaragibe tornou-se um ponto estratégico, ideal para as comunicações entre o Norte e o Sul. As forças de Dom Luiz Rojas e Vorja e as de Arkchoff combateram no território e muitas atrocidades - como a matança de mulheres e crianças, além de saques e incêndios - foram cometidas contra os moradores.
      Não há data precisa sobre a instalação da freguesia criada sob a invocação de Bom Jesus e transferiu para Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município. Através da Lei 197, de 1852, a freguesia foi elevada à vila; à cidade, em 1880, através da Lei 842.
      O município possui grande potencial turístico por conta da diversidade de ecossistemas: rios, lagoas e manguezais; uma topografia dinâmica com planos, morros e penhascos, além de um mar exuberante, com arrecifes de corais. Suas principais praias são: Barra de Camaragibe (cercada de coqueirais), a de Marceneiro (tranquila e preferida pelos turistas) e a dos Morros (primitiva e escolhida para ser o pólo turístico do Projeto Costa Dourada). Entre os eventos destacam-se a festa da Emancipação (14 de junho) e a da padroeira (de 29 de novembro a 8 de dezembro).
Praia do Marceneiro. Passo de Camaragibe, Alagoas.


Dados do Município:

Situação Geográfica: Microrregião do Litoral Norte Alagoano, limites com Matriz de Camaragibe, São Luiz do Quitunde, Barra de Santo Antônio, São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras. 10 metros acima do nível do mar.
Área: 244 km².
Clima: Temperado. Máxima de 30ºC e mínima de 22ºC.